30 junho 2010

Manifesto





Eu já ouvi que era uma menos mão, pois trabalhava. Também já presenciei uma amiga ouvindo que era menos mulher, pois ficava em casa. E aí? A sociedade decidiu, em algum momento, que nós nunca estamos certas. Outros sempre sabem o que é melhor para nós. Aleitamento materno é bom, pois é natural, mas é condenado porque ‘prende’ a mulher. Parto normal é o correto já que sempre foi assim, mas sempre tem uma que vem e diz que você vai ficar ‘larga’ e perder o marido.

Se você escolheu ser vegetariana, tem suas razões e elas devem ser respeitadas, inclusive quando você decidir implementar este estilo de vida ao seu filho. Se você é naturista, ótimo, ninguém tem nada a ver com suas opções religiosas, sexuais ou de vida. Agora, quando você vira mãe a coisa muda de figura, pois parece que o filho não é seu e do marido, é do mundo! Todos se sentem no direito de tecer opiniões sobre tudo, sejam estas pessoas familiares ou desconhecidos. Poxa, a vida é minha, o filho é meu, eu que pari e eu que decido, capisce?

Por isso eu apoio à campanha aí de cima. Vi no Ombudsmae, que tirou do Grupocria. Amei. Aderi. E mandei o resto do mundo às favas, porque EU SOU MÃE! trabalho, levo a cria na creche, cuido do marido, da casa, estudo, e me dedico a tudo isso, mas acima de tudo tenho a melhor ocupação do mundo, pois ao acordar tenho um sorisso e um 'mamaiiinnnn' me esperando!


"Mãe que dá o melhor de si e convive com a crônica sensação de que nada é o suficiente.

Mãe de carne, osso e vísceras que, ao se perceber humana, sente-se cada vez mais distante do ideal de devoção da Santa Mãezinha. E por isso se culpa.

Mãe mulher, dona de casa, profissional e amante, que segue passo a passo as dicas das revistas femininas para conciliar seus inúmeros papéis e virar “super”, mas ainda não encontrou sua capa.

Mãe pobre que, quando opta pelos filhos, é acomodada. Quando rica, é madame. E, quando profissional, é ausente."